Form 6-K
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United States
Securities and Exchange Commission
Washington, D.C. 20549
FORM 6-K
Report of Foreign Private Issuer
Pursuant to Rule 13a-16 or 15d-16
of the
Securities Exchange Act of 1934
For the month of
July 2010
Vale S.A.
Avenida Graça Aranha, No. 26
20030-900 Rio de Janeiro, RJ, Brazil
(Address of principal executive office)
(Indicate by check mark whether the registrant files or will file annual reports under cover of Form 20-F or Form 40-F.)
(Check One) Form 20-F þ Form 40-F o
(Indicate by check mark if the registrant is submitting the Form 6-K in paper as permitted by Regulation S-T Rule 101(b)(1))
(Check One) Yes o No þ
(Indicate by check mark if the registrant is submitting the Form 6-K in paper as permitted by Regulation S-T Rule 101(b)(7))
(Check One) Yes o No þ
(Indicate by check mark whether the registrant by furnishing the information contained in this Form is also thereby furnishing information to the Commission pursuant to Rule 12g3-2(b) under the Securities Exchange Act of 1934.)
(Check One) Yes o No þ
(If “Yes” is marked, indicate below the file number assigned to the registrant in connection with Rule 12g3-2(b). 82-               .)
 
 

 


TABLE OF CONTENTS

Press Release
Signature Page


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BR GAAP
  (VALE LOOG)
BM&F BOVESPA: VALE3, VALE5 NYSE: VALE, VALE.P EURONEXT PARIS: VALE3, VALE5 LATIBEX: XVALO, XVALP
  Rio de Janeiro, 29 de julho de 2010 — Vale S.A. (Vale) apresentou excelente desempenho operacional e financeiro no segundo trimestre de 2010 (2T10), o melhor desde o choque financeiro global no 3T08, sinalizando que a criação de valor está ganhando momento. Estes resultados refletem a crescente demanda global por minérios e metais, custos operacionais sob controle e os nossos esforços para aumentar a produção.

 
  O 2T10 marca o primeiro trimestre de implementação do novo regime de precificação do minério de ferro. A maior flexibilidade traz mais eficiência e transparência aos preços de minério de ferro, premia a qualidade e permite aos clientes saber antecipadamente o preço a ser pago no trimestre seguinte, facilitando assim o controle dos custos e gestão de estoques.

 
  Acreditamos firmemente que a busca contínua de crescimento manterá a Vale no caminho da criação significativa de valor para os acionistas.

www.vale.com
rio@vale.com
  Os principais passos para a aquisição dos ativos de fertilizantes no Brasil foram concluídos e um mês do desempenho dos ativos recém-adquiridos já estão refletidos no resultado do 2T101. Bayóvar, o nosso primeiro projeto greenfield no negócio de fertilizantes, foi entregue este mês, no prazo previsto e dentro do orçamento. Este foi o terceiro projeto a ser entregue dos sete programados a serem concluídos neste ano.

Departamento de Relações com Investidores

 Roberto Castello Branco Viktor Moszkowicz Carla Albano Miller Andrea Gutman Marcio Loures Penna Samantha Pons Thomaz Freire
  Na medida em que muitos dos projetos greenfield programados para entrar em operação no futuro próximo sejam concluídos, eles darão origem a novas plataformas de crescimento através do desenvolvimento de projetos brownfield de baixo capex para atender a ampliação da demanda global, proporcionando uma linha adicional de criação de valor para o acionista.

Os principais destaques do desempenho da Vale no 2T10 foram:

     
 
 
     Receita operacional de R$19,0 bilhões no 2T10, 45,7% acima dos R$13,0 bilhões no 1T10.

Tel: (5521) 3814-4540
 
     Lucro operacional, medido pelo EBIT (lucro antes de juros e impostos), de R$9,0 bilhões no 2T10, 123,8% superior ao 1T10.

 
 
     Margem operacional, medida pela margem EBIT, aumentou para 48,8% no 2T10, de 32,0% no 1T10.

 
 
     Geração de caixa, medida pelo EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), subiu para R$10,4 bilhões no 2T10 — o terceiro maior EBITDA trimestral histórico — de R$5,4 bilhões no 1T10.
 
     
1  
A partir de 27 de maio de 2010, anunciamos a conclusão da aquisição de US$ 4,7 bilhões de 58,6% da Fosfertil — 72,6% das ações com direito a voto — e os ativos de fertilizantes da Bunge no Brasil.
2T10

 

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BR GAAP
     
 
 
     Lucro líquido de R$6,6 bilhões, equivalente a R$1,25 por ação diluído, contra R$2,9 bilhões no 1T10.

 
 
     Investimentos — excluindo aquisições — alcançaram US$2,4 bilhões, com US$2,0 bilhões gastos em crescimento orgânico.

 
 
     Primeira parcela da remuneração mínima ao acionista em 2010 de R$2,198 bilhões, ou R$0,42 por ação, paga em 30 de abril.

 
 
     Indicador dívida bruta/LTM EBITDA ajustado abaixo de 2x, atingindo 1,8x.
INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS
                                         
    2T09(a)     1T10     2T10     %     %  
R$ milhões   (A)     (B)     (C)     (C/A)     (C/B)  
Receita operacional
    11.003       13.029       18.981       72,5       45,7  
EBIT
    2.173       4.025       9.008       314,4       123,8  
Margem EBIT (%)
    20,3       32,0       48,8                  
EBITDA
    3.448       5.385       10.434       202,6       93,8  
Lucro líquido
    1.494       2.879       6.635       344,2       130,4  
Lucro líquido por ação (R$)
    0,28       0,54       1,25       346,4       131,5  
Exportações (US$ milhões)
    3.305       4.510       5.785       75,0       28,3  
Exportações líquidas (US$ milhões)
    3.120       4.246       5.630       80,4       32,6  
                         
    1S09(a)     1S10     %  
R$ milhões   (A)     (B)     (B/A)  
Receita operacional
    24.182       32.010       32,4  
EBIT
    6.322       13.032       106,1  
Margem EBIT (%)
    26,8       42,0          
EBITDA
    8.896       15.819       77,8  
Lucro líquido
    4.644       9.514       104,9  
Exportações (US$ milhões)
    6.644       10.295       55,0  
Exportações líquidas (US$ milhões)
    6.188       9.876       59,6  
As informações financeiras e operacionais contidas neste press release, exceto quando de outra forma indicado, foram consolidadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos no Brasil (BR GAAP). De acordo com os critérios do BR GAAP, são consolidadas as empresas nas quais a Vale tem controle efetivo ou controle compartilhado definido por acordo de acionistas. No caso das empresas onde a Vale possui controle efetivo, a consolidação é feita em base 100% e a diferença entre este valor e o percentual da participação da Vale no capital da controlada é descontado através da linha de participações minoritárias. As principais empresas controladas da Vale são: Vale Inco, MBR, Alunorte, Albras, Vale Manganês S.A., Vale Manganèse France, Vale Manganese Norway AS, Urucum Mineração S.A., Mineração Corumbaense Reunidas, Ferrovia Centro Atlântica (FCA), Ferrovia Norte Sul, Vale Austrália, Vale Colômbia, Vale International e CVRD Overseas. No caso das empresas onde o controle é compartilhado, a consolidação é proporcional à participação que a Vale possui no capital de cada empresa. As principais empresas onde a Vale detém controle compartilhado são MRN, MRS, Hispanobras, Samarco e CSI.
     
(a)  
Período ajustado pelos novos pronunciamentos contábeis dos CPC’s para efeito comparativo. Para maiores esclarecimentos, favor verificar as Demonstrações Contábeis em 30/06/2010, na CVM em nosso website www.vale.com/Investidores/Resultados e Informações Financeiras/Relatórios CVM.
2T10

 

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BR GAAP   2T10
 
PERSPECTIVAS DOS NEGÓCIOS
No período de doze meses encerrado em junho de 2010, o PIB global cresceu acima de sua tendência histórica, ao mesmo tempo em que a produção industrial apresentou o maior ritmo de expansão desde o início dos anos setenta. A retomada da expansão da indústria global de transformação já compensou grande parte da perda de produto causada pela recessão e tem contribuído para impulsionar significativamente o crescimento da demanda por minérios e metais, o que resultou também na mais forte elevação de preços ocorrida nas recuperações das últimas cinco recessões globais.
Recuperações de recessões tendem a começar com altas taxas de expansão, seguidas posteriormente por uma fase de crescimento mais moderado, na medida em que se processa convergência para um ritmo sustentável. Durante os últimos quatro trimestres, a produção industrial global cresceu acima de 10% ao ano, taxa não sustentável ao longo do tempo. Assim, o início de um período de desaceleração é um fenômeno esperado.
De fato, existem sinais de que o crescimento da produção industrial começa a se desacelerar. Apesar de ainda estar em nível elevado — mais alto do que as médias apresentadas no período de 2003-2007, quando a economia global se expandia em ritmo acelerado — o global manufacturing PMI, computado pelo J.P. Morgan, caiu em junho, sugerindo o fim de um ciclo de estoques, o qual contribuiu para que tivesse lugar uma fase de aceleração do crescimento da produção industrial em resposta ao aumento da demanda final. Se por um lado, não há evidência de excesso de estoques, por outro, com o provável término da recomposição a expansão da produção industrial passará a depender muito mais do comportamento da demanda final. Até o momento, as vendas no varejo continuam a crescer e os investimentos das empresas se recuperam a partir de níveis muito baixos.
Os últimos dados mostram que a desaceleração tem sido puxada principalmente pela Ásia emergente, refletindo o fim dos estímulos de política monetária de vários bancos centrais, e em particular, em decorrência do aperto do crédito e das medidas para restringir a demanda por imóveis na China.
Preocupações com respeito à capacidade de alguns países da zona do euro em administrar grandes déficits orçamentários e elevados níveis de dívida pública geraram mudanças do apetite por risco, o que conduziu à elevação da volatilidade dos preços dos ativos financeiros e a tensões no mercado interbancário. Conseqüentemente, as condições financeiras tornaram-se menos favoráveis ao crescimento econômico nos últimos meses, aumentando temores de que o crescimento global se enfraqueça mais acentuadamente do que o que seria natural num processo de convergência cíclica para ritmos mais sustentáveis de expansão econômica global.
As perspectivas de crescimento também têm sido influenciadas por expectativas de efeitos negativos gerados pelas mudanças na direção da política fiscal dos países desenvolvidos, de expansionista para contracionista, e por preocupações sobre riscos de desaceleração da economia da China. A combinação desses fatores foi fundamental para determinar a correção dos preços de minerais e metais desde abril deste ano.
Por enquanto, os problemas com dívidas soberanas na Europa têm essencialmente se mantido no âmbito regional, não assumindo dimensão global. Tal questão tem se limitado a economias européias periféricas, não se difundido para os chamados “core countries” da zona do Euro nem para outras regiões no mundo. A criação da European Financial Stability Facility, as iniciativas do Banco Central Europeu para dar liquidez aos mercados monetário e de dívida e as medidas de corte de gastos de vários governos promoveram a mitigação dos riscos de default e devem melhorar a percepção de risco. De fato, as tensões nos mercados financeiros já mostram alguma diminuição, o que é sugerido pela redução simultânea nos spreads interbancários e da volatilidade dos preços de ações e pela apreciação do euro desde o início de junho.
Apesar da visão de que a decisão de aperto fiscal está sendo realizada numa fase errada do ciclo, justamente quando a economia mundial está se recuperando, experiências passadas de economias desenvolvidas sugerem que o crescimento econômico apresentou melhor desempenho durante correções fiscais que se basearam em cortes de gastos correntes do governo. A mudança nas expectativas de aumento futuro de impostos, a contribuição para queda dos salários reais — necessária para restaurar a competitividade de algumas economias da Europa — e a redução das taxas de juros reais decorrentes da melhora da percepção de risco são fatores importantes para estimular a recuperação do crescimento. Ao contrário, políticas fiscais expansionistas na presença de grandes déficits orçamentários e dívida pública elevada geram riscos de mudanças abruptas no sentimento dos mercados, o que pode acabar resultando na interrupção repentina dos fluxos de financiamentos.

 

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BR GAAP   2T10
Expectativas sobre o desempenho da economia chinesa têm sido fonte de volatilidade dos preços nos últimos meses. Inicialmente, ocorreu a difusão de preocupações infundadas sobre bolhas de preços de ativos, que foram seguidas por temores a respeito de uma desaceleração acentuada da atividade econômica.
A economia chinesa cresceu à taxa anual de 8% no 2T10, em bases desssazonalizadas — 10,3% no 2T10 em relação ao 2T09 — o que foi a menor taxa de crescimento trimestral desde o 1T09 mas ainda assim revelou desempenho bastante robusto. O desaquecimento foi liderado pelo investimento em ativos fixos, influenciado pelo efeito da contenção de crédito sobre os investimentos em infraestrutura, o que foi parcialmente compensado pelo aumento do investimento no setor imobiliário, à medida que as compras de terrenos e novas construções continuaram a crescer.
As medidas contracionistas na China foram necessárias para que se evitasse uma situação de superaquecimento e, em nossa visão, a desaceleração corrente na atividade econômica é consistente com a convergência para uma trajetória de crescimento sustentado. Não antecipamos no curto prazo relaxamento nas medidas tomadas para arrefecer o mercado imobiliário — aparentemente os formuladores de política econômica deverão esperar por uma avaliação do impacto das restrições antes de tomar novas decisões e está envolvida também uma questão de credibilidade de política econômica. Ao mesmo tempo, não antevemos o estabelecimento de medidas adicionais de restrição ao crédito nem alta da taxa de juros. Nesse sentido, é importante notar que a meta de expansão do crédito bancário para esse ano é de 18%, o que compreende ainda aumento considerável, ainda que em ritmo bem mais lento do que o verificado no ano passado.
Esperamos que a demanda chinesa por aço e minério de ferro se acelere novamente no quarto trimestre, à medida que a correção dos estoques — que produziu um mini ciclo de preços declinantes de aço dentro de um ciclo de expansão — vai chegando ao fim e o panorama do mercado imobiliário se torne mais claro. Nesse sentido, esperamos que a construção de habitações populares para famílias de baixa renda proporcione força adicional ao setor de construção, mitigando os impactos negativos sobre a demanda por aço.
Após atingir um pico em abril, de 121 Mt em termos dessazonalizados, a produção global de aço carbono somou 117 Mt em junho, voltando ao pico pré-crise de julho de 2008. A demanda pelo minério de ferro da Vale permaneceu forte e as os embarques para nossos clientes foram limitados por nossa própria capacidade e não por insuficiência de pedidos de clientes. Após seu lançamento em março deste ano, a fórmula de precificação trimestral do minério de ferro e de pelotas está sendo consolidada com todos os clientes ao redor do mundo.
Durante o verão do hemisfério norte, o nível de atividade no setor de aço tende a ser mais fraco. Para o 4T10, adicionalmente à esperada recuperação chinesa, é provável que a demanda por aço no resto do mundo se aqueça, na medida em os estoques sejam recompostos.
Há crescente preocupação do governo chinês com o aumento das emissões de carbono e o alto nível de consumo de energia por US$ de PIB, que, de acordo com estimativas da Agência Internacional de Energia, é duas vezes mais alto do que o dos EUA e o triplo do prevalecente na União Européia. Nesse contexto, a siderurgia é uma das seis indústrias que ainda apresentaram aumentos do consumo de energia neste ano e que foram escolhidas como alvos de esforços governamentais para melhoria de desempenho2.
Ao mesmo tempo, o Ministério da Indústria e da Tecnologia da Informação apresentou novos planos para reduzir o número de produtores de aço e acelerar a consolidação da indústria através do fechamento de alto-fornos obsoletos e do incentivo a fusões e aquisições.
Um dos resultados prováveis dessas iniciativas é a mudança estrutural em favor do consumo mais intensivo de minérios de ferro com alto valor em uso produzidos pela Vale, na medida em que contribuem para a redução tanto do consumo de energia quanto das emissões de dióxido de carbono, considerando-se também que os alto-fornos modernos requerem o uso de matérias primas de alta qualidade.
 
     
2  
Indústrias de geração de energia, aço, alumínio, cimento, petroquímica e química.

 

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BR GAAP   2T10
A China retomou a adoção da política cambial mais flexível que havia lançado em julho de 2005, após um interlúdio que durou de junho de 2008 a junho de 2010. Essa iniciativa será promissora caso represente o primeiro passo na direção de um regime de câmbio flutuante, já que a ausência da flexibilidade cambial não só reduz a independência da política monetária, mas também contribui para a existência de um sistema de intermediação financeira pouco eficiente. A incapacidade do banco central chinês em empregar a taxa de juros como instrumento primário de política monetária implica que o controle do crédito tem que ser implantado via restrições quantitativas, em lugar das decisões serem guiadas por sinais emitidos pelos preços de mercado.
O uso de instrumentos dessa natureza distorce a alocação de crédito e conduz à taxas de juros reais muito baixas para remunerar os poupadores. A má alocação de capital é sempre uma ameaça à sustentabilidade de longo prazo do crescimento, e o subdesenvolvimento de instrumentos financeiros tem estimulado movimentos exagerados de expansão e contração nos mercados de ações e imobiliário na China, o que contribui para a volatilidade macroeconômica e para a instabilidade na demanda por aço.
De acordo com nossas estimativas, a produção global de aço inoxidável permaneceu em bom ritmo pelo segundo trimestre consecutivo, alcançando 7,7 Mt em 2T10 em termos dessazonalizados, e a taxa austenítica se manteve em 73%. Os estoques de níquel na London Metal Exchange (LME) têm se reduzido continuamente desde o início de fevereiro desse ano, tendo se contraído em 30% nesses últimos cinco meses.
Entretanto, após ter aumentado de fevereiro a abril, o preço do níquel recuou até a primeira semana de junho, tendo flutuado desde então em torno de US$19.500,00 por tonelada métrica. O comportamento recente no preço do níquel se deveu provavelmente à precificação dos temores de desaceleração no crescimento global e por uma antecipação parcial dos efeitos do fim da greve em nossas operações de Sudbury e de Voisey’s Bay na oferta global.
No dia 9 de julho, a Vale ratificou novos acordos coletivos de cinco anos com o sindicato que representa os empregados de produção e manutenção em Sudbury e em Port Colborne, Ontário, Canadá. Espera-se que, num espaço de tempo de quatro a seis semanas a contar do final da greve, todos os empregados tenham retornado ao trabalho.
Além da normalização de nossas operações de níquel, os acordos foram positivos na medida em que permitirão a introdução de um plano de pensão para os novos empregados com contribuição definida e a adoção de um sistema de remuneração variável mais meritocrático, solidificando, assim, as bases do crescimento sustentado.
A demanda por níquel para usos fora da produção de aço inoxidável tem apresentado bom desempenho ao redor do mundo, e esperamos que permaneça estável em 2S10. Já a demanda por aço inoxidável deverá sofrer desaceleração sazonal no 3S10, reaquecendo-se ao final do ano.
Apesar dos riscos de curto prazo para a recuperação econômica global, não acreditamos numa reversão desse processo, ainda que um ritmo mais lento de expansão seja esperado para os próximos trimestres. À luz de uma visão positiva sobre os fundamentos de longo prazo para o mercado de minerais e metais, continuaremos a desenvolver nossa carteira de projetos, ajustando o portfólio de ativos de modo a otimizar a alocação de capital e a buscar aquisições que se constituam em boas oportunidades para a criação de valor.
Nos primeiros sete meses do ano, a Vale entregou três dos sete projetos programados para entrada em operação em 2010: (a) Adicional 20 Mtpa, um projeto brownfield de minério de ferro com baixo custo de investimento e operacional e alta qualidade em Carajás; (b) Bayóvar, uma das minas de rocha fosfática de menor custo do mundo, localizada no Peru; (c) TK CSA, uma planta de placas de aço, no estado do Rio de Janeiro, com capacidade de produção de 5 Mt por ano, na qual a Vale tem participação de 26,87% para a qual é fornecedora exclusiva de minério de ferro e de pelotas. Para o 2S10 está programada a conclusão de quatro projetos: Onça Puma (ferro-níquel), Tres Valle (cobre), Omã (pelotizadora e centro de distribuição) e Estreito (usina hidrelétrica).

 

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BR GAAP   2T10
A entrega de uma série de projetos acelera o crescimento da produção, a geração de caixa e a criação de valor para os acionistas, após uma fase transitória caracterizada por necessidades de financiamento para desenvolver iniciativas de crescimento e de pressão sobre os retornos do capital investido. Alguns projetos já concluídos, como Bayóvar, e outros a serem concluídos no futuro próximo, como Moatize e Salobo, contém oportunidades para expansões brownfield de baixo custo, magnificando seu impacto no fluxo de caixa e o retorno aos acionistas.
Recentemente, demos passos importantes à conclusão da aquisição de ativos de fertilizantes no Brasil. Junto com a contribuição esperada à criação de valor de longo prazo ao acionista, o desenvolvimento de uma base de ativos de fertilizantes é um movimento que leva a uma interessante diversificação adicional em nosso portfólio, já que esse negócio está exposto a mudanças cíclicas determinadas por fatores diferentes daqueles que geralmente ocasionam os ciclos de minerais e metais.
Ao mesmo tempo, a decisão de investir em operações no Brasil e com foco no mercado brasileiro implica em diversificação geográfica nas fontes de aumento de receitas, reduzindo a dependência ao crescimento da demanda asiática. A agricultura brasileira possui elevado potencial de crescimento, proporcionando boas perspectivas para a demanda por fertilizantes. A destacar esse potencial, as projeções de um estudo recente, preparado conjuntamente pela OECD e FAO, apontam o Brasil como o país com a produção agrícola que deverá crescer mais rapidamente no mundo, com aumento esperado de 40% até 2019 em comparação ao período de 2007 a 2009.

 

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BR GAAP   2T10
 
RECEITA
A receita operacional totalizou R$18,981 bilhões no 2T10, com um aumento de 45,7% sobre os R$13,029 bilhões no 1T10.
O aumento dos preços de venda gerou um efeito positivo de R$4,501 bilhões na receita operacional do 2T10, enquanto que o crescimento do volume contribuiu com R$1,523 bilhão. A implementação do sistema trimestral de preços de minério de ferro e pelotas começou a ser refletido na receita no 2T10. A elevação dos preços de minério de ferro e pelotas concorreu com R$4,444 bilhões, enquanto que a variação dos preços dos outros produtos representou R$57 milhões.
A participação de bulk materials — minério de ferro, pelotas, minério de manganês, ferro ligas e carvão metalúrgico e térmico — na receita total subiu de 69,2% no 1T10 para 74,6% no 2T10, enquanto os metais base tiveram declínio em sua contribuição para a receita para 16,6%, contra 21,4% no 1T10. Serviços de logística representaram 4,7% do total da receita operacional, fertilizantes 2,0% e outros produtos 2,1%. Como a aquisição dos ativos de fertilizantes no Brasil foi parcialmente concluída no final de maio de 2010, o seu desempenho financeiro de junho foi consolidado no resultado da Vale no 2T10.
As vendas para a Ásia representaram 47,0% da receita total, enquanto que as Américas representaram 24,3%, Europa 23,4% e o resto do mundo 5,3%. A participação da China na nossa receita de vendas caiu para 27,2% no 2T10, ante 37,6% no 2T09, refletindo crescimento mais equilibrado da demanda global por minérios e metais.
COMPOSIÇÃO DA RECEITA OPERACIONAL
                                                 
R$ milhões   2T09     %     1T10     %     2T10     %  
Bulk materials
    6.007       54,6       9.022       69,2       14.167       74,6  
Minerais ferrosos
    5.805       52,8       8.794       67,5       13.835       72,9  
Minério de ferro
    4.937       44,9       6.661       51,1       9.621       50,7  
Serviços de operação de usinas de pelotização
    3       0,0       6       0,0       6       0,0  
Pelotas
    632       5,7       1.767       13,6       3.729       19,6  
Manganês
    87       0,8       104       0,8       160       0,8  
Ferro ligas
    143       1,3       236       1,8       286       1,5  
Outros
    3       0,0       20       0,2       33       0,2  
Carvão
    202       1,8       228       1,7       332       1,7  
Carvão Térmico
    106       1,0       112       0,9       130       0,7  
Carvão Metalúrgico
    96       0,9       116       0,9       202       1,1  
Metais base
    3.664       33,3       2.787       21,4       3.144       16,6  
Níquel
    1.894       17,2       1.236       9,5       1.467       7,7  
Cobre
    567       5,2       410       3,1       419       2,2  
PGMs
    113       1,0       1       0,0       25       0,1  
Metais preciosos
    54       0,5       14       0,1       15       0,1  
Cobalto
    25       0,2       9       0,1       10       0,1  
Alumínio primário
    398       3,6       475       3,6       439       2,3  
Alumina
    568       5,2       595       4,6       724       3,8  
Bauxita
    45       0,4       47       0,4       45       0,2  
Fertilizantes
    252       2,3       118       0,9       378       2,0  
Potássio
    252       2,3       118       0,9       98       0,5  
Fosfatados
          0,0             0,0       193       1,0  
Nitrogenados
          0,0             0,0       64       0,3  
Outros
          0,0             0,0       23       0,1  
Serviços de logística
    716       6,5       725       5,6       895       4,7  
Ferrovias
    596       5,4       588       4,5       703       3,7  
Portos
    120       1,1       137       1,1       192       1,0  
Outros
    364       3,3       377       2,9       397       2,1  
Total
    11.003       100,0       13.029       100,0       18.981       100,0  

 

7


Table of Contents

     
BR GAAP   2T10
RECEITA BRUTA POR DESTINO
                                                 
R$ milhões   2T09     %     1T10     %     2T10     %  
América do Norte
    1.194       10,9       838       6,4       904       4,8  
EUA
    527       4,8       461       3,5       567       3,0  
Canadá
    667       6,1       377       2,9       337       1,8  
América do Sul
    1.886       17,1       2.618       20,1       3.702       19,5  
Brasil
    1.806       16,4       2.335       17,9       3.209       16,9  
Outros
    80       0,7       283       2,2       493       2,6  
Ásia
    6.148       55,9       6.553       50,3       8.919       47,0  
China
    4.142       37,6       3.959       30,4       5.168       27,2  
Japão
    776       7,1       1.526       11,7       1.943       10,2  
Coréia do Sul
    356       3,2       418       3,2       567       3,0  
Taiwan
    399       3,6       333       2,6       508       2,7  
Outros
    475       4,3       317       2,4       733       3,9  
Europa
    1.429       13,0       2.537       19,5       4.438       23,4  
Alemanha
    276       2,5       792       6,1       1.385       7,3  
Bélgica
    175       1,6       59       0,5       121       0,6  
França
    85       0,8       172       1,3       201       1,1  
Reino Unido
    339       3,1       262       2,0       698       3,7  
Itália
    91       0,8       249       1,9       534       2,8  
Outros
    464       4,2       1.003       7,7       1.499       7,9  
Resto do mundo
    346       3,1       483       3,7       1.018       5,3  
Total
    11.003       100,0       13.029       100,0       18.981       100,0  
 
CUSTOS
Os custos operacionais permaneceram sob controle, tendo o custo dos produtos vendidos (CPV) aumentado em apenas 2% em relação ao 1T10, após ajuste considerando a ampliação do volume vendido e o efeito da apreciação do real. Maiores embarques e o efeito da variação do câmbio3 causaram aumento no custo total de R$957 milhões e R$11 milhões, respectivamente, enquanto que o CPV subiu em R$1,097 bilhão.
No 2T10, o custo com materiais foi o principal item do CPV, representando 19,1%, e somando R$1,478 bilhão, ante R$1,336 bilhão no 1T10. O incremento dos custos de insumos totalizou R$117 milhões devido ao maior volume de vendas neste trimestre e foi o item que mais impactou o desempenho desta linha do CPV.
Os gastos com energia representaram 18,7% do CPV no 2T10. Estes custos atingiram R$1,445 bilhão, aumentando em R$231 milhões quando comparados com o 1T10.
As despesas com combustíveis e gases alcançaram R$912 milhões, subindo 17,8% na comparação trimestre a trimestre. Do acréscimo total de R$138 milhões, R$118 milhões se devem à ampliação de nossas operações. O custo com eletricidade foi de R$533 milhões, comparado com R$441 milhões no 1T10, representando aumento de 20,9%, ocasionado principalmente pelo maior consumo (R$77 milhões).
 
     
3  
A composição do CPV por moeda no 2T10 foi: 71% em reais, 18% em dólares americanos, 6% em dólares canadenses e 5% em outras moedas.

 

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BR GAAP   2T10
O custo de serviços, 14,0% do CPV, totalizou R$1,080 bilhão no 2T10, ante R$933 milhões no 1T10. O principal fator que contribuiu para o aumento no custo foi o maior volume de vendas (R$135 milhões).
As despesas com frete ferroviário subiram de R$121 milhões no 1T10 para R$161 milhões no 2T10, adicionando R$40 milhões ao custo de serviços contratados. O volume de minério de ferro proveniente das minas do Sistema Sul transportado para os terminais marítimos de Ilha Guaíba e Itaguaí pela MRS, empresa coligada cujo resultado é consolidado proporcionalmente à participação da Vale, cresceram em 20%.
As despesas com pessoal alcançaram R$870 milhões, representando 11,3% do CPV. O aumento de R$47 milhões em comparação ao 1T10 reflete maiores volumes de vendas.
O custo de aquisição de produtos totalizou R$441 milhões — 5,7% do CPV — contra R$414 milhões no 1T10.
O gasto com compras de minério de ferro e pelotas foi de R$199 milhões, contra R$110 milhões no 1T10. O volume de minério de ferro adquirido de pequenas mineradoras somou 1,8 Mt no 2T10 comparado com 937.000 toneladas métricas no 1T10.
O montante de dispêndio com a compra de produtos de níquel diminuiu de R$163 milhões no 1T10 para R$122 milhões devido à redução dos volumes, o que mais do que compensou o efeito da alta dos preços médios.
A depreciação e amortização — 14,8% do CPV — atingiu R$1,146 bilhão, nos mesmos níveis do 1T10 em R$1,154 bilhão.
Outros custos operacionais alcançaram R$1,272 bilhão, comparados com R$761 milhões no 1T10. O aumento de R$511 milhões foi resultado de mudanças em vários itens: (a) aumento de “royalties” de R$66 milhões; (b) a alocação dos custos operacionais da Vale Fosfatados4, R$74 milhões; (c) a baixa contábil de estoques de minerais ferrosos, R$86 milhões; (d) o efeito não caixa do ajuste dos estoques a valor justo dos ativos de fertilizantes adquiridos, conforme requerido pelos pronunciamentos contábeis, de R$37 milhões; (e) demurrage subiram para R$106 milhões, contra R$34 milhões no 1T10.
Os ajustes dos estoques são referentes à alocação do preço de compra preliminar baseado no valor justo de ativos identificáveis e passivos assumidos. Tal alocação resultou em ajuste ao valor justo dos estoques de R$119 milhões para a Fosfertil e R$62 milhões para a Vale Fosfatados, totalizando impacto de R$181 milhões no valor contábil dos ativos em nosso balanço. No 2T10, esses ajustes produziram efeito não caixa nos custos de R$37 milhões, R$28 milhões da Fosfertil e R$9 milhões da Vale Fosfatados. O saldo remanescente do ajuste dos estoques será levado a resultado nos próximos trimestres, conforme a realização das vendas.
No 2T10, os gastos com demurrage totalizaram R$106 milhões, equivalente a R$1,72 por tonelada métrica de minério de ferro embarcada, contra R$34 milhões no trimestre anterior, R$0,58 por tonelada métrica embarcada, principalmente devido a problemas operacionais no terminal marítimo de Ponta da Madeira.
As despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) somaram R$664 milhões, contra R$565 milhões no 1T10. O crescimento do SG&A é explicado principalmente pela elevação nos custos com serviços de consultoria (R$18 milhões) e pelo menor ajuste nos preços provisórios do cobre no sistema de precificação do concentrado de cobre MAMA (month after month of arrival) de R$7 milhões versus R$20 milhões no 1T10.
 
     
4  
Os ativos de fertilizantes adquiridos da Bunge foram incorporados sob Vale Fosfatados.

 

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BR GAAP   2T10
Os gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D)5, que refletem nosso investimento para criar oportunidades de crescimento de longo prazo, somaram R$359 milhões no trimestre, comparado aos R$314 milhões investidos no 1T10.
Outras despesas operacionais alcançaram R$707 milhões, contra R$1,044 bilhão no 1T10. Despesas relacionadas a paradas da operação e capacidade ociosa totalizaram R$270 milhões, R$106 milhões menores que no trimestre anterior. Com a retomada das operações, estas despesas vêm diminuindo desde que atingiram a máxima de R$525 milhões no 2T09.
COMPOSIÇÃO DO CPV
                                                 
R$ milhões   2T09(a)     %     1T10     %     2T10     %  
Serviços contratados
    1.029       15,4       933       14,1       1.080       14,0  
Transportes
    278       4,1       219       3,3       279       3,6  
Manutenção
    219       3,3       244       3,7       263       3,4  
Serviços operacionais
    286       4,3       253       3,8       297       3,8  
Outros
    246       3,7       217       3,3       241       3,1  
Material
    1.478       22,1       1.336       20,1       1.478       19,1  
Peças sobressalentes e equipamentos de manutenção
    467       7,0       514       7,7       550       7,1  
Insumos
    630       9,4       495       7,5       612       7,9  
Pneus e correias transportadoras
    70       1,0       103       1,6       75       1,0  
Outros
    311       4,6       224       3,4       241       3,1  
Energia
    1.036       15,5       1.214       18,3       1.445       18,7  
Óleo combustível e gases
    637       9,5       774       11,7       912       11,8  
Energia elétrica
    399       5,9       441       6,6       533       6,9  
Aquisição de produtos
    274       4,1       414       6,2       441       5,7  
Pessoal
    982       14,7       823       12,4       870       11,3  
Depreciação e exaustão
    1.189       17,7       1.154       17,4       1.146       14,8  
Outros
    715       10,7       761       11,5       1.272       16,4  
Total
    6.703       100,0       6.635       100,0       7.732       100,0  
 
     
5  
O valor das despesas com pesquisa e desenvolvimento é contábil pelo critério BR GAAP. Apresentamos na seção Investimentos o valor de US$ 273 milhões para investimentos em pesquisa e desenvolvimento no 2T10, computado de acordo com o efetivo desembolso financeiro no ano pelo critério US GAAP

 

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BR GAAP   2T10
 
LUCRO OPERACIONAL
O lucro operacional, medido pelo EBIT foi de R$9,008 bilhões no 2T10, substancialmente maior do que os R$4,025 bilhões obtidos no 1T10, e mais de quatro vezes o valor registrado no 2T09, R$2,173 bilhões.
O aumento no EBIT de R$4,983 bilhões no trimestre foi consequência do impacto positivo da receita operacional, impulsionado pelo aumento dos preços de venda de minério de ferro e pelotas (R$4,444 bilhões), maiores volumes de embarque em quase todos os nossos produtos (R$1,523 bilhão) e menores despesas (R$194 milhões), parcialmente compensado pelo maior CPV (R$1,097 bilhão), que, como comentado anteriormente, foi ocasionado principalmente pela expansão do volume de vendas.
A margem operacional foi de 48,8% no 2T10 e 1.679 pontos base acima da margem do 1T10, em 32,0%, sendo a terceira maior da história.
 
LUCRO LÍQUIDO
No 2T10, o lucro líquido alcançou R$6,635 bilhões, ante R$2,879 bilhões no 1T10, com substancial variação de 130,5%, relativamente ao 1T10. Esse aumento é ainda mais expressivo quando comparado ao lucro líquido do 2T09, registrando uma variação de 344%.
O lucro líquido por ação diluída foi de R$1,25.
A qualidade do lucro no 2T10 é ainda evidenciada pelo fato de ter sido totalmente derivado do lucro operacional, que representou 136% do lucro líquido.
A receita financeira totalizou R$114 milhões, acima dos R$99 milhões no 1T10.
As despesas financeiras alcançaram R$931 milhões, ante os R$878 milhões gastos no 1T10. Foram impactadas principalmente por despesas com impostos sobre operações financeiras (IOF) referentes à conversão de duas séries de notas obrigatoriamente conversíveis em ADRs em 15 de junho de 2010, representando respectivamente, 1,5% e 1,3% do total de ações ordinárias e preferenciais.
A marcação a mercado das debêntures participativas resultou em efeito negativo não caixa de R$55 milhões.
No 2T10, a marcação a mercado das operações com derivativos resultou em perda contábil de R$211 milhões, contra R$400 milhões no 1T10. No entanto, essas transações produziram impacto positivo no fluxo de caixa de R$187 milhões.
O efeito líquido dos “swaps” de moedas e taxas de juros, estruturados principalmente para converter a dívida em reais para dólares americanos de modo a proteger nosso fluxo de caixa da volatilidade cambial, produziu efeito negativo não caixa de R$398 milhões no 2T10, e impacto positivo no caixa de R$243 milhões.
Com a queda nos preços do níquel, nossas posições em derivativos de níquel produziram um efeito não caixa positivo de R$190 milhões e contribuíram para reduzir o fluxo de caixa em R$68 milhões.
As transações com derivativos relacionados a bunker oil (combustível utilizado em navios) e frete, estruturados para minimizar a volatilidade do custo de frete marítimo do Brasil para Ásia, tiveram impacto não caixa negativo de R$42 milhões e efeito caixa positivo de R$35 milhões.

 

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BR GAAP   2T10
Como conseqüência da ligeira depreciação de nossa moeda funcional, o real, em relação ao dólar americano6, a variação monetária e cambial líquida causou impacto positivo em nosso lucro líquido de R$46 milhões, contra um impacto negativo de R$157 milhões no 1T10.
No 2T10, tivemos perdas não caixa de R$12 milhões referentes à descontinuação das operações de caulim.
O resultado de participações societárias foi de R$37 milhões no 2T10, contra R$7 milhões no 1T10.
 
GERAÇÃO DE CAIXA
A geração de caixa medida pelo EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$10,434 bilhões no 2T10, sendo 93,8% acima do 1T10, de R$5,385 bilhões, e o terceiro maior da nossa história. O acréscimo de R$5,049 bilhões deveu-se principalmente ao melhor desempenho da receita operacional.
O segmento de bulk materials diminuiu sua participação na composição do EBITDA de 92,1% no 1T10 para 89,6%. A participação dos metais base foi de 8,9% do total, enquanto que a logística representou 2,9%. Os fertilizantes contribuiram com 0,2%. Outros produtos e as despesas com P&D contribuíram para a redução do EBITDA em 1,6%.
EBITDA
                         
R$ milhões   2T09(a)     1T10     2T10  
Receita operacional líquida
    10.692       12.583       18.470  
CPV
    (6.703 )     (6.635 )     (7.732 )
Despesas com vendas, gerais e administrativas
    (518 )     (565 )     (664 )
Pesquisa e desenvolvimento
    (562 )     (314 )     (359 )
Outras despesas operacionais
    (735 )     (1.044 )     (707 )
EBIT
    2.173       4.025       9.008  
Depreciaçao, amortização e exaustão
    1.253       1.360       1.356  
Dividendos recebidos
    21             70  
EBITDA
    3.448       5.385       10.434  
 
     
6  
Do início ao término do 2T10, o real depreciou 1,2% em relação ao dólar americano.

 

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BR GAAP   2T10
 
INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO
Em 30 de junho de 2010, nossa dívida bruta era de US$23,959 bilhões, com prazo médio de 8,8 anos e custo médio de 5,25% ao ano, com dívida líquida de US$17,724 bilhões.
A posição de caixa reduziu-se de US$11,136 bilhões para US$6,235 bilhões, em razão de dispêndios associados às aquisições — US$4,7 bilhões para os ativos de fertilizantes e US$500 milhões para Simandou.
Neste trimestre, pagamos também a primeira parcela da remuneração mínima ao acionista em 2010, que totalizou US$1,25 bilhão.
A alavancagem, medida pela relação dívida total/LTM EBITDA ajustado, diminuiu para 1,8x em 30 de junho de 2010, contra 2,4x em 31 de março de 2010, como consequência do melhor desempenho da geração de caixa.
A relação dívida total/enterprise value era 17,0% em 30 de junho de 2010, ante 13,4% em 31 de março de 2010.
O índice de cobertura de juros, medido pelo indicador LTM EBITDA ajustado/LTM pagamento de juros, passou para 12,7x em relação a 9,0x em 31 de março de 2010.
Considerando as posições de hedge, 35% da dívida total em 30 de junho de 2010 era atrelada a taxas de juros flutuantes e 65% a taxas fixas, enquanto 98% era denominada em dólares americanos e o restante em outras moedas.
Apesar do aumento das tensões no mercado, os nossos bônus têm tido um bom desempenho, refletindo a confiança dos investidores nos sólidos fundamentos da Vale. Por exemplo, os spreads do Vale 2018 @ 4.375% por ano, o nosso primeiro bônus em euros emitido em março de 2010, têm permanecido em torno de 130 pontos base, refletindo um aumento no preço desde a sua colocação.
INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO
                         
US$ milhões   2T09     1T10     2T10  
Dívida bruta
    19.493       23.569       23.959  
Dívida líquida
    8.301       12.433       17.724  
Dívida bruta / LTM EBITDA ajustado(x)
    1,5       2,4       1,8  
LTM EBITDA ajustado/ LTM pagamento de juros (x)
    10,8       9,0       12,7  
Dívida bruta / EV (%)
    19,9       13,4       17,0  
 
INVESTIMENTOS
No 2T10, a Vale realizou investimentos, excluindo aquisições, de US$2,375 bilhões, dos quais US$1,694 bilhão para desenvolvimentos de projetos de crescimento orgânico, US$273 milhões em P&D, e US$407 milhões para manutenção das operações existentes
O capex no primeiro semestre do ano totalizou US$4,533 bilhões, enquanto no mesmo período do ano passado foi de US$3,794 bilhões. Do total desembolsado no primeiro semestre, 81,5% foi destinado para financiar o crescimento através da execução de projetos e P&D.

 

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BR GAAP   2T10
No 2T10, os investimentos em P&D compreenderam US$79 milhões aplicados no programa de exploração mineral, US$75 milhões na exploração de gás natural, US$102 milhões em estudos conceituais, de pré-viabilidade e de viabilidade, e US$17 milhões para desenvolver novos processos, inovações tecnológicas e adaptações de tecnologias.
Para apoiar nossa estratégia de crescimento, continuamos a investir na exploração mineral greenfield com o objetivo de descobrir novos depósitos minerais e criar opções adicionais de crescimento para a Vale, buscando metais base, fertilizantes e bulk materials na América do Norte, América do Sul, Ásia e Oceania.
Como resultado dos investimentos de exploração de gás natural, a Vale recebeu a certificação pelos seus recursos de óleo e gás, que indicam 210 milhões de barris de óleo equivalente (boe), com o potencial de produzir 58.000 boe por dia em 2017. A base de recursos inclui quantidades de óleo e gás, que não são classificadas como reservas provadas, mas é esperado que estas sejam alocadas como reservas provadas e produzidas no futuro.
Investimentos em metais base foram de US$655 milhões, enquanto US$806 milhões foram gastos com bulk materials, incluindo os projetos brownfield de minério de ferro Carajás adicional 30Mtpa, Tubarão VIII, Conceição Itabiritos e o projeto de carvão de Moatize, US$422 milhões em logística, US$174 milhões em fertilizantes, US$164 milhões em energia, US$41 milhões em projetos siderúrgicos e US$113 milhões em atividades corporativas e outros segmentos de negócios.
Nos primeiros sete meses do ano de 2010, a Vale entregou três dos sete projetos programados para este ano: (a) Adicional 20 Mtpa, um projeto brownfield de baixo custo com minério de ferro de alta qualidade em Carajás; (b) TKCSA, usina para produção de placas de aço no Rio de Janeiro, com a capacidade de 5 Mt por ano, na qual a Vale tem participação de 26,87% e é fornecedora exclusiva de minério de ferro e pelotas; (c) Bayóvar, uma mina de rocha fosfática no Peru, com uma capacidade de produção de 3,9 Mt por ano. Bayóvar entrou em operação dentro do prazo e com o orçamento planejado, e é uma das minas de rocha fosfática com menor custo no mundo. Além disso, é o nosso primeiro projeto greenfield de mineração de fertilizantes, e também, nosso primeiro projeto greenfield concluído fora do Brasil.
Onça Puma (ferro-níquel), Tres Valles (cobre), Omã (usina pelotizadora e centro de distribuição) e Estreito (hidrelétrica) estão programados para entrar em operação no segundo semestre deste ano.
A entrega de novos projetos proporciona o aumento da produção, da geração de caixa e a criação do valor aos acionistas, após uma fase transitória caracterizada pela grande necessidade de financiamento para desenvolver iniciativas de crescimento e pressões no retorno no capital investido. Alguns dos projetos já concluídos como Bayóvar, e outros que serão finalizados no futuro próximo, como Moatize e Salobo, também trazem oportunidades para expansões brownfield de baixo custo de capex, magnificando seu efeito positivo sobre o fluxo de caixa e retorno aos acionistas.
No primeiro semestre de 2010, a Vale investiu US$5,33 bilhões em aquisições, envolvendo fertilizantes (US$4,74 bilhões), minério de ferro (US$500 milhões) e ativos de carvão (US$92 milhões).
Em 27 de maio, os principais passos da aquisição dos ativos de fertilizantes no Brasil foram concluídos. A Vale adquiriu 58,6% da Fosfertil por US$3,0 bilhões, sendo 72,6% das ações ordinárias e 51,4% das ações preferenciais. O US$1,7 bilhão restante é referente à aquisição dos ativos de fosfato que agora pertencem a Vale Fosfatados7.
Em 30 de abril, a Vale adquiriu participação de 51% em Simandou, Guiné, um dos melhores depósitos de minério de ferro ainda não explorados do mundo em termos de tamanho e qualidade. Numa transação 100% caixa, a Vale pagará US$2,5 bilhões, dos quais US$500 milhões foram pagos imediatamente e os US$2 bilhões restantes em etapas sujeitas ao cumprimento de metas específicas.
 
     
7  
Veja “Vale conclui etapas importantes da aquisição de ativos de fertilizantes”. 27 de maio de 2010, em www.vale.com.

 

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BR GAAP   2T10
Em 01 de junho, adquirimos uma participação adicional de 24,5% no projeto de carvão Belvedere na Austrália por US$92 milhões. Como resultado da transação, a Vale aumentará sua participação de 51% para 75,5%.
Como parte da estratégia de administração do portfólio de ativos, concluímos operações de desinvestimento no montante de US$886 milhões.
Nossa subsidiária integral Valesul concluiu a venda dos ativos de alumínio por US$31 milhões. Entramos em acordo com a Oman Oil Company S.A.O.C., para vender 30% do nosso projeto de usina de pelotização, por US$125 milhões.
A Vale vendeu participações minoritárias no projeto Bayóvar no Peru através da empresa recém incorporada MVM Resources International B.V. (MVM). Vendemos 35% do capital total da MVM para Mosaic por US$385 milhões e 25% para a Mitsui por US$275 milhões. A Vale manterá o controle do Projeto Bayóvar, detendo participação de 51% das ações ordinárias e 40% do capital total da nova empresa. A aliança da Vale, Mosaic e Mitsui nesta nova empresa cria valor significativo para nossos acionistas proporcionando a Bayóvar acesso a conhecimento técnico, off-take garantido e maior capacidade de distribuição.
A Vale vendeu 86,2% de sua participação na Pará Pigmentos S.A. (PPSA), e outros direitos minerários de caulim localizados no Pará. Os ativos foram vendidos para a Imerys S.A., uma empresa listada na Euronext, por US$70 milhões.
Principais programas greenfield de exploração mineral
     
    Países
Cobre
  Angola, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, China, República Democrática do Congo, Cazaquistão, Mongólia, Peru
Potássio
  Argentina, Brasil, Canadá
Níquel
  Angola, Austrália, Brasil, Canadá, China, Mongólia, África do Sul
Carvão
  Austrália, Canadá, Colômbia, Moçambique
Minério de ferro
  Austrália, Brasil, Guiné
Fosfatados
  Brasil, Moçambique
Manganês
  Brasil
INVESTIMENTO REALIZADO POR CATEGORIA
                                                 
US$ milhões   2T09     %     1T10     %     2T10     %  
Crescimento orgânico
    1.617       77,7       1.725       79,9       1.968       82,9  
Projetos
    1.363       65,5       1.540       71,4       1.694       71,3  
P&D
    254       12,2       185       8,6       273       11,5  
Sustentação das operações existentes
    463       22,3       433       20,1       407       17,1  
Total
    2.080       100,0       2.158       100,0       2.375       100,0  
INVESTIMENTO REALIZADO POR ÁREA DE NEGÓCIO
                                                 
US$ milhões   2T09     %     1T10     %     2T10     %  
Bulk materials
    557       26,8       771       35,7       806       33,9  
Minerais ferrosos
    420       20,2       565       26,2       628       26,4  
Carvão
    137       6,6       206       9,5       178       7,5  
Metais base
    604       29,0       521       24,1       655       27,6  
Fertilizantes
    91       4,4       103       4,8       174       7,3  
Logística
    585       28,1       471       21,8       422       17,8  
Energia
    155       7,4       131       6,1       164       6,9  
Aço
    50       2,4       30       1,4       41       1,7  
Outros
    38       1,8       131       6,1       113       4,8  
Total
    2.080       100,0       2.158       100,0       2.375       100,0  

 

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BR GAAP   2T10
 
Descrição dos principais projetos
                         
        Orçamento    
        US$ milhões    
Área   Projeto   2010   Total   Status
Bulk
Materials

/Logística
  Carajás -
adicional
30 Mtpa
    362       2.478    
Este projeto adicionará 30 Mtpa à capacidade atual. O projeto compreende investimentos na instalação de uma nova planta composta por nova usina de britagem primária, unidades de beneficiamento e classificação e investimentos significativos em logística. Autorização de supressão vegetal (ASV) e licença de instalação obtidas. Previsão de start-up para 1S12.
                       
 
    Vargem Grande -
Itabiritos
    139       1.521    
Projeto do Sistema Sul que adicionará 10 Mtpa de minério de ferro à capacidade atual. Compreende investimentos numa nova planta de beneficiamento, que receberá minério de baixo teor das minas de Abóboras. O orçamento total incluí investimentos para aumento de capacidade no Terminal Ferroviário de Andaime. Previsão de start-up para 2S13.
                       
 
    Conceição -
Itabiritos
    184       1.174    
Projeto do Sistema Sudeste que adicionará 12 Mtpa de minério de ferro à capacidade atual. Compreende investimentos numa nova planta de concentração, que receberá ROM da mina de Conceição. Previsão de start-up para 2S13.
                       
 
    Carajás Serra Sul
(mina S11D)
    1.126       11.297    
Localizado na serra sul de Carajás, no estado do Pará, este projeto terá capacidade de produzir 90 Mtpa. Conclusão prevista para 2S13 sujeita a obtenção de licenças ambientais. O projeto ainda está sujeito à aprovação do Conselho de Administração.
                       
 
    Apolo     38       2.509    
Projeto no Sistema Sudeste com capacidade de produção de 24 Mtpa de minério de ferro. Start-up previsto para 1S14. O projeto ainda está sujeito à aprovação do Conselho de Administração.
                       
 
    Omã     484       1.356    
Projeto de construção de uma usina de pelotização no distrito industrial de Sohar, Omã, no Oriente Médio, para a produção de 9 Mtpa de pelotas de redução direta e centro de distribuição com capacidade de movimentação de 40 Mtpa. O início de operação está previsto para o 2S10.
                       
 
    Tubarão VIII     151       833    
Planta de pelotização a ser construída no complexo de Tubarão, no estado do Espírito Santo, com capacidade de produção de 7,5 Mtpa. Previsão de start-up para 2S12.
                       
 
    Moatize     722       1.658    
O projeto localiza-se em Moçambique e terá capacidade de produção de 11 Mtpa, sendo 8,5 milhões de carvão metalúrgico e 2,5 milhões de carvão térmico. Conclusão atualmente prevista para o 1S11.

 

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BR GAAP   2T10
                         
        Orçamento    
        US$ milhões    
Área   Projeto   2010   Total   Status
    Teluk Rubiah     98       900    
Projeto que compreende a construção de terminal marítimo que receberá navios de 400.000 dwt e centro de distribuição com capacidade de movimentação de até 30 Mtpa de minério de ferro em sua primeira fase, com possibilidade de expansão para até 90 Mtpa no futuro. O start-up está previsto para o 1S13. O projeto está sujeito à aprovação do Conselho de Administração.
                       
 
    Onça Puma     510       2.646    
Projeto com capacidade nominal de produção de 58.000 tpa de níquel contido em ferro-níquel, seu produto final. Previsão de start-up para 2S10.
                       
 
    Totten     146       362    
Mina em Sudbury, Canadá, que visa produzir 8.200 tpa de níquel, além de cobre e metais preciosos como subprodutos. O projeto está sendo implantado e a conclusão está prevista para 1S11.
                       
 
    Long-Harbour     441       2.821    
Planta de processamento de níquel na província de Newfoundland and Labrador, Canadá, para produzir 50.000 toneladas métricas de níquel refinado por ano, e até 5.000 toneladas métricas de cobre e 2.500 toneladas métricas de cobalto, utilizando o concentrado da mina Ovoid no complexo de Voisey’s Bay. O start-up está programado para 1S13.
                       
 
Metais Base   Tres Valles     54       140    
Localizado na região de Coquimbo, no Chile, tem capacidade de produção de 18.000 tpa de cobre catodo. Conclusão prevista para o 2S10.
                       
 
    Salobo     600       1.808    
O projeto terá capacidade de produção anual de 100.000 toneladas métricas de cobre contido em concentrado. Implantação em andamento, com obras civis iniciadas. Conclusão prevista para o 2S11.
                       
 
    Expansão Salobo     66       1.025    
O projeto ampliará capacidade de produção anual da mina de Salobo de 100.000 para 200.000 toneladas métricas de cobre contido em concentrado. Conclusão estimada para 2S13.
                       
 
    Konkola North     50       145    
Mina subterrânea, localizada no cinturão do cobre na Zâmbia, com capacidade nominal de produção estimada em 44.000 tpa de cobre contido em concentrado. Este projeto é parte de uma parceria 50/50 com a ARM na África. Nós iniciaremos seu desenvolvimento no 2S10 e a conclusão deste projeto, ainda sujeito à aprovação do Conselho de Administração, está prevista para 2013.
                       
 
Fertilizantes   Rio Colorado     304       4.118    
O projeto compreende o desenvolvimento de uma mina com capacidade nominal inicial de 2,4 Mtpa de potássio – KCl, com potencial de expansão para 4,35 Mtpa, construção de ramal ferroviário de 350 km, instalação portuária e termoelétrica. A previsão de start-up é para 2S13. Este projeto está sujeito à aprovação do Conselho de Administração.
                       
 
Energia   Estreito     186       703    
A usina hidrelétrica do Estreito, no rio Tocantins, entre os estados do Maranhão e Tocantins, já obteve licença de implantação e encontra-se em construção. A Vale possui participação de 30% no consórcio que construirá e operará a usina que terá capacidade instalada de 1.087 MW. A conclusão está prevista para 2S10.

 

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BR GAAP   2T10
                         
        Orçamento    
        US$ milhões    
Área   Projeto   2010   Total   Status
    Karebbe     126       410    
Usina hidrelétrica de Karebbe na Indonésia tem como objetivo o suprimento de130 MW para as operações da Indonésia, visando redução de custo de produção por substituição do uso de óleo e permitindo a potencial expansão da produção para 90.000 tpa de níquel em matte. Obras iniciadas e principais equipamentos adquiridos. A previsão de início de operação é 2S11.
                       
 
    Biocombustível     55       407    
Consórcio com Biopalma para investir em biodiesel para suprir nossas operações de mineração e logística na região Norte do Brasil, usando a mistura B20 (20% de biodiesel e 80% de diesel), a partir de 2014. A participação da Vale no consórcio é de 41%. Nosso take na produção de óleo será consumido pela nossa planta de biodiesel, com capacidade estimada em 160.000 tpa de biodiesel.
 
O DESEMPENHO DOS SEGMENTOS DE NEGÓCIOS
 
Bulk materials
   
Minerais ferrosos
Os embarques de minério de ferro e pelotas alcançaram 70,027 milhões de toneladas métricas (Mt) no 2T10, sendo 4,8% acima do último trimestre. O volume de vendas de minério de ferro somou 57,081 Mt, em linha com o 1T10, enquanto o de pelotas, apoiado por um bom desempenho da produção, atingiu 12,946 Mt, crescendo 27,3%.
Os embarques tiveram desempenho inferior ao programado, devido a problemas operacionais de descarga no terminal marítimo de Ponta da Madeira. Nesse terminal, os embarques seguiram tendência decrescente de novembro de 2009 até abril deste ano, quando atingiram menos de 4,9 Mt, devido à paralisação provocada por um acidente com uma correia transportadora. Desde então, e como resultado de nossos esforços, os problemas estão sendo resolvidos e as quantidades embarcadas têm crescido gradualmente.
Como resultado da ampliação da recuperação na demanda global de minério de ferro, houve um rebalanceamento da composição de nossas vendas de minério de ferro por destino, com a China reduzindo sua participação para 39,5% no 2T10 contra o pico de 66,3% atingido no 1T09.
A receita gerada com a venda de minério de ferro totalizou R$ 9,621 bilhões, 44,4% acima do 1T10, influenciada pelo aumento nos preços de venda. Os preços no 2T10 resultaram da aplicação do novo sistema de precificação, apesar de algumas vendas ainda serem precificadas com os preços do 1T10. Isto se deveu ao fato dessas vendas terem sido realizadas no 1T10, mas embarcadas e contabilizadas no 2T10.
A receita com embarque de pelotas foi de R$ 3,729 bilhão, 111,0% acima do 1T10. O aumento no volume vendido e nos preços de venda contribuíram para este aumento.
Vale ressaltar que as receitas são líquidas de custo de frete marítimo, com isso os preços CFR são comparáveis com a média dos preços FOB. No 2T10, a Vale vendeu 13,8 milhões de toneladas métricas de minério de ferro e pelotas na base CFR, contra 11,8 milhões no 1T10.
O volume vendido de manganês no 2T10 atingiu 345.000 toneladas métricas, com um aumento de 82,5% em relação ao 1T10, de 189.000 toneladas métricas. A receita com a venda de manganês atingiu R$ 160 milhões ante R$ 104 milhões no 1T10.

 

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BR GAAP   2T10
As vendas de ferro ligas totalizaram 105.000 toneladas métricas, acima do volume vendido no 1T10 de 97.000 toneladas métricas. A receita com a venda de ferro ligas somou R$ 286 milhões, contra R$ 236 milhões no último trimestre.
As vendas de minerais ferrosos – minério de ferro, pelotas, manganês e ferro ligas – geraram uma receita de R$ 13,835 bilhões no 2T10, um acréscimo de 57,3% em relação aos R$ 8,794 bilhões no 1T10, sendo o segundo maior em nossa história.
A margem EBIT para o segmento de minerais ferrosos subiu para 64,4% no 2T10, ante 50,6% no 1T10.
O EBITDA no 2T10 alcançou R$ 9,368 bilhões, com um aumento de 87,2% trimestre a trimestre. O acréscimo de R$ 4,363 bilhões foi causado principalmente pelos maiores preços de venda.
BULK MATERIALS: DESEMPENHO DO SEGMENTO DE MINERAIS FERROSOS
VOLUME VENDIDO
                         
mil toneladas   2T09     1T10     2T10  
Minério de ferro
    50.442       56.636       57.081  
Pelotas
    4.809       10.166       12.946  
Total
    55.251       66.802       70.027  
Manganês
    297       189       345  
Ferro ligas
    71       97       105  
VENDAS DE MINÉRIO DE FERRO E PELOTAS POR DESTINO
                                                 
milhões de toneladas   2T09     %     1T10     %     2T10     %  
Ásia
    43,6       78,8       41,6       62,2       39,6       56,6  
China
    36,3       65,7       28,1       42,1       27,7       39,5  
Japão
    3,3       6,0       8,7       13,0       6,5       9,3  
Coréia do Sul
    2,3       4,1       2,8       4,1       2,9       4,2  
Asia Emergente (ex China)
    1,7       3,0       2,0       3,0       2,5       3,5  
Europa
    4,9       8,9       13,4       20,1       17,4       24,8  
Alemanha
    1,4       2,6       4,7       7,1       6,4       9,2  
Reino Unido
    1,3       2,4       1,8       2,8       3,0       4,3  
França
    0,5       0,9       1,1       1,7       0,8       1,2  
Itália
    0,6       1,1       1,8       2,7       2,6       3,7  
Outros
    1,1       2,0       3,9       5,9       4,6       6,5  
Brasil
    4,0       7,3       8,2       12,2       8,5       12,1  
EUA
    0,1       0,1             0,0             0,0  
Resto do Mundo
    2,6       4,8       3,7       5,5       4,5       6,5  
Total
    55,3       100,0       66,8       100,0       70,0       100,0  
RECEITA OPERACIONAL POR PRODUTO
                         
R$ milhões   2T09     1T10     2T10  
Minério de ferro
    4.937       6.661       9.621  
Serviços de operação de usinas de pelotização
    3       6       6  
Pelotas
    632       1.767       3.729  
Manganês
    87       104       160  
Ferro ligas
    143       236       286  
Outros
    3       20       33  
Total
    5.805       8.794       13.835  
   
Carvão
A receita com as operações de carvão alcançou R$ 332 milhões no 2T10, 45,6% acima dos R$ 228 milhões no 1T10. R$ 130 milhões foram originados dos embarques de carvão térmico e R$ 202 milhões de carvão metalúrgico.

 

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BR GAAP   2T10
As vendas de carvão totalizaram 2,245 milhões de toneladas métricas, sendo 46,2% maiores que no 1T10, de 1,536 milhão de toneladas métricas. Os embarques de carvão no 2T10 foram compostos por 1,390 Mt de carvão térmico – vs. 912.000 t no 1T10 – e 855.000 toneladas métricas de carvão metalúrgico – vs. 624.000 t no 1T10.
BULK MATERIALS: DESEMPENHO DO SEGMENTO DE CARVÃO
VOLUME VENDIDO
                         
mil toneladas   2T09     1T10     2T10  
Carvão térmico
    692        912        1.390   
Carvão metalúrgico
    425        624        855   
RECEITA OPERACIONAL POR PRODUTO
                         
R$ milhões   2T09     1T10     2T10  
Carvão térmico
    106        112        130   
Carvão metalúrgico
    96        116        202   
BULK MATERIALS — INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS
                         
    2T09     1T10     2T10  
Margem EBIT (%)
                       
Bulk materials
    38,3       48,2       62,3  
Minerais ferrosos
    40,7       50,6       64,4  
Carvão
    (29,7 )     (31,9 )     (22,9 )
EBITDA (R$ milhões)
                       
Bulk materials
    2.953       4.957       9.351  
Minerais ferrosos
    2.963       5.005       9.368  
Carvão
    (10 )     (48 )     (17 )
 
Metais base
A receita total do segmento de metais base alcançou R$ 3,144 bilhões no 2T10, apresentando um aumento de R$ 356 milhões com relação ao 1T108. O crescimento da receita foi determinado principalmente pelo aumento do volume de vendas, que contribuiu com R$ 152 milhões, enquanto que maiores preços, decorrentes da correção ocorrida de abril a junho de 2010, acrescentaram R$ 139 milhões.
Embora a greve nas operações em Sudbury e Voisey Bay tenha afetado negativamente o desempenho do segmento de metais base no 2T10, a normalização gradual de sua produção já foi iniciada. Após a recuperação parcial das operações em Sudbury e Voisey Bay, a refinaria Clydach atingiu capacidade máxima de operação – 40.000 toneladas métricas por ano – e a greve em Sudbury foi finalizada em julho.
As vendas de níquel produziram uma receita de R$ 1,467 bilhão no 2T10, contra R$ 1,236 bilhão no 1T10. Maiores preços foram responsáveis por um aumento de R$ 164 milhões, enquanto que o volume de vendas acrescentou R$ 73 milhões.
O total de embarques de níquel refinado alcançou 36.000 toneladas métricas no 2T10, registrando aumento de 5,9% contra 1T10. Vendas para Ásia totalizaram 27.000 toneladas métricas, representando 74,0% do volume total, contra 78,0% no trimestre anterior. A América do Norte representou 18,4% e a Europa 7,3%.
As vendas de cobre tiveram um leve aumento de R$ 410 milhões no 1T10 para R$ 419 milhões. O efeito positivo do aumento dos volumes vendidos – R$ 54 milhões – foi quase totalmente compensado pela queda de preço, R$ 43 milhões.
 
     
8  
Até o 1T10, os resultados do segmento de metais base eram agregados dentro de minerais não ferrosos juntamente com potássio e caulim.

 

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BR GAAP   2T10
As receitas dos metais do grupo da platina (PGMs) aumentaram para R$ 25 milhões no 2T10 de R$ 1 milhão no 1T10, devido a maiores volumes de venda. As receitas das vendas de cobalto foram de R$ 10 milhões no 2T10.
As receitas com as vendas de bauxita, alumina e alumínio totalizaram R$ 1,208 bilhão, 8,1% maior que no 1T10. Este aumento foi quase que totalmente causado pelo crescimento nos embarques.
No 2T10, a Vale embarcou 112.000 toneladas métricas de alumínio primário contra 114.000 toneladas métricas no 1T10.
A margem EBIT do segmento de metais base ficou positiva após dois trimestres negativos, subindo de -5,2% no 1T10 para 6,9%. Maiores volumes de venda de níquel e cobre e a redução das despesas relacionadas à capacidade ociosa foram fundamentais para a melhora da margem.
O EBITDA de metais base no 2T10 foi de R$ 928 milhões, o maior desde o valor de R$ 2,3 bilhões, alcançado no 3T08, e aumentou 69,3% com relação ao último trimestre.
DESEMPENHO DO SEGMENTO DE METAIS BASE
VOLUME VENDIDO
                         
mil toneladas   2T09     1T10     2T10  
Cobre
    54       33       38  
Níquel
    69       34       36  
Cobalto
    676       151       178  
Metais preciosos (onça troy)
    522       142       110  
PGMs (onça troy)
    97       0       15  
Bauxita
    686       1.027       950  
Alumina
    1.403       1.181       1.408  
Alumínio
    124       114       112  
RECEITA OPERACIONAL POR PRODUTO
                         
R$ milhões   2T09     1T10     2T10  
Níquel
    1.894       1.236       1.467  
Cobre
    567       410       419  
PGMs
    113       1       25  
Metais preciosos
    54       14       15  
Cobalto
    25       9       10  
Alumínio
    398       475       439  
Alumina
    568       595       724  
Bauxita
    45       47       45  
Total
    3.664       2.787       3.144  
INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS
                         
    2T09     1T10     2T10  
Margem EBIT (%)
    (1,4)        (5,2)        6,9   
EBITDA (R$ milhões)
    791        548        928   
 
Fertilizantes
A receita total das vendas de fertilizantes alcançou R$ 378 milhões no 2T10, dos quais R$ 280 milhões resultaram da consolidação da receita proveniente das vendas de fertilizantes fosfatados e de nitrogenados em junho referentes aos ativos recém adquiridos.
Como resposta ao colapso na demanda de potássio no 2S08, houve redução sem precedentes na produção e uma fase de consumo de estoques durante 2009. Dada a conclusão do ajuste de estoques e a necessidade de repor os níveis de nutrientes no solo, a demanda por potássio está começando a normalizar. Portanto, esperamos demanda crescente no 2S10, quando as vendas no mercado brasileiro são sazonalmente mais fortes.

 

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BR GAAP   2T10
As vendas de potássio resultaram na receita de R$ 98 milhões no 2T10, contra R$ 118 milhões no ultimo trimestre. Menores volumes de vendas – 133.000 no 2T10 vis-à-vis 157.000 toneladas métricas no 1T10 – foram responsáveis pela maior parte do decréscimo da receita.
A receita de fertilizantes fosfatados somou R$ 193 milhões em junho. Os embarques de MAP (fosfato monoamônio) alcançaram 47.000 toneladas métricas, TSP (superfosfato triplo) 71.000 t, SSP (superfosfato simples) 215.000 t, e DCP (fosfato bicálcico) 37.000 t.
As vendas de fertilizantes nitrogenados alcançaram R$ 64 milhões neste trimestre, enquanto que as vendas de outros produtos relacionados resultaram em R$ 23 milhões no 2T10.
A margem EBIT do negócio de fertilizantes diminuiu de 11,6% no 1T10 para -4,6%. Se o efeito do ajuste dos estoques de R$ 37 milhões descrito na seção “Custos”, for desconsiderado, a margem operacional seria de 6,1%.
O EBITDA do negócio de fertilizantes totalizou R$ 19 milhões no 2T10 versus R$ 40 milhões no 1T10. Excluindo o efeito do ajuste do estoque, o EBITDA seria de R$ 56 milhões.
DESEMPENHO DO SEGMENTO DE FERTILIZANTES
VOLUME VENDIDO
                         
mil toneladas   2T09     1T10     2T10  
Potássio
    192        157        133   
MAP
    —        —        47   
TSP
    —        —        71   
SSP
    —        —        215   
DCP
    —        —        37   
Nitrogenados
    —        —        88   
RECEITA OPERACIONAL POR PRODUTO
                         
R$ milhões   2T09     1T10     2T10  
Potássio
    252        118        98   
Fosfatados
    —        —        193   
Nitrogenados
    —        —        64   
Outros
    —        —        23   
Total
    252        118        378   
INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS
                         
    2T09     1T10     2T10  
Margem EBIT (%)
    63,9       11,6       (4,6 )
EBITDA (R$ milhões)
    176       40       19  
 
Serviços de logística
Os serviços de logística geraram receita de R$ 895 milhões no 2T10, contra R$ 725 milhões no 1T10 e R$ 716 milhões no 2T09.
Receitas de transporte ferroviário de carga geral totalizaram R$ 703 milhões e serviços de operação portuária contribuíram com receita de R$ 192 milhões, vis-à-vis R$ 588 milhões e R$ 137 milhões no 1T10, respectivamente.

 

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BR GAAP   2T10
Nossas ferrovias — Carajás (EFC), Vitória a Minas (EFVM), Centro-Atlântica (FCA), Norte-Sul (FNS) —, bem como a participação proporcional em nossa coligada MRS, transportaram 7,474 bilhões de toneladas por quilômetro útil (tku) de carga geral para clientes no 2T10, contra 6,166 tku no 1T10. O acréscimo foi influenciado principalmente pelo aumento no transporte de produtos agrícolas e produtos siderúrgicos.
Nossos portos e terminais marítimos movimentaram 7,099 milhões de toneladas métricas de carga geral, contra 4,609 milhões no trimestre anterior.
Houve uma melhoria significativa da margem operacional no 2T10, quando a margem EBIT subiu para 23,5%, ante 7,4% no 1T10. Este resultado foi impulsionado pela melhoria nos serviços portuários para lidar com o carregamento e descarregamento de carvão e grãos de soja, associados a redução dos custos e despesas.
O EBITDA alcançou R $306 milhões no 2T10, ante R $142 milhões no 1T10, devido principalmente a ampliação dos serviços fornecidos.
DESEMPENHO DO SEGMENTO DE LOGÍSTICA
SERVIÇOS DE LOGÍSTICA
                         
    2T09     1T10     2T10  
Ferrovias ( milhões de tku)
    7.304       6.166       7.474  
Portos
    5.238       4.609       7.099  
RECEITA OPERACIONAL POR PRODUTO
                         
R$ milhões   2T09     1T10     2T10  
Ferrovias
    596       588       703  
Portos
    120       137       192  
Total
    716       725       895  
INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS
                         
    2T09     1T10     2T10  
Margem EBIT (%)
    14,5       7,4       23,5  
EBITDA (R$ milhões)
    305       142       306  

 

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INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS DAS PRINCIPAIS EMPRESAS NÃO CONSOLIDADAS
Indicadores financeiros selecionados das principais empresas não consolidadas estão disponíveis nas demonstrações contábeis trimestrais da Vale, no website da Companhia, www.vale.com/investidores/resultados e informações financeiras.
 
TELECONFERÊNCIA / WEBCAST
No dia 30 de julho de 2010, sexta-feira, será realizada conferência telefônica e webcast às 11:00 horas, horário do Rio de Janeiro, 10:00 horas Nova Iorque, 15:00 horas de Londres e às 14:00 horas de Paris. Os telefones para conexão são:
Participantes do Brasil: (55 11) 4688-6341
Participantes dos EUA: (1-800) 860-2442
Participantes de outros países: (1-412) 858-4600
Código de acesso: VALE
A instrução para participação nesses eventos está disponível no website da Vale, www.vale.com/investidores. Uma gravação da teleconferência/ webcast estará disponível no website da Vale durante o período de 90 dias posteriores ao dia 30 de julho de 2010.

 

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BR GAAP   2T10
 
INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO
                         
R$ milhões   2T09(a)     1T10     2T10  
Receita operacional
    11.003       13.029       18.981  
Impostos
    (312 )     (446 )     511  
Receita operacional líquida
    10.692       12.583       18.470  
Custo dos produtos vendidos
    (6.703 )     (6.635 )     (7.732 )
Lucro bruto
    3.988       5.948       10.738  
Margem bruta (%)
    37,3 %     47,3 %     58,1 %
Despesas operacionais
    (1.815 )     (1.924 )     (1.730 )
Vendas
    (75 )     (87 )     (123 )
Administrativas
    (443 )     (479 )     (540 )
Pesquisa e desenvolvimento
    (562 )     (314 )     (359 )
Outras despesas operacionais, líquidas
    (735 )     (1.044 )     (707 )
Lucro operacional antes do resultado financeiro e de participações societárias
    2.173       4.025       9.008  
Resultado de participações societárias
    50       7       37  
Equivalência patrimonial
    50       7       37  
Resultado financeiro líquido
    2.618       (1.337 )     (1.016 )
Lucro operacional
    4.841       2.695       8.062  
Ganho na venda de ativos
    296              
Lucro antes do Imposto de Renda e Contribuição Social
    5.137       2.695       8.029  
IR e contribuição Social
    (3.534 )     353       (1.298 )
Resultado das operações descontinuadas
          (224 )     (12 )
Participações minoritárias
    (109 )     55       (84 )
Lucro líquido
    1.494       2.879       6.635  
Lucro por ação (R$)
    0,28       0,54       1,25  
BALANÇO PATRIMONIAL — CONSOLIDADO
                 
R$ milhões   1T10     2T10  
Ativo
               
Circulante
    39.787       46.564  
Realizável a longo prazo
    10.770       8.858  
Permanente
    133.781       144.051  
Total
    184.338       199.472  
Passivo
               
Circulante
    19.465       23.653  
Exigível a longo prazo
    59.074       63.188  
Outros
    5.793       7.019  
Patrimônio líquido
    100.006       105.612  
Capital social
    47.434       50.000  
Reservas
    55.421       62.554  
Notas obrigatóriamente conversíveis em ADRs
    4.587       1.470  
Ajustes de avaliação patrimonial
    (7.437 )     (8.412 )
Total
    184.338       199.472  

 

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BR GAAP   2T10
FLUXO DE CAIXA
                         
R$ milhões   2T09(a)     1T10     2T10  
Fluxos de caixa provenientes das operações:
                       
Lucro líquido do período
    1,467       2,824       6,719  
Ajustes para reconciliar o lucro líquido do período com recursos provenientes das atividades operacionais:
                       
Resultado de participações societárias
    (50 )     (7 )     (37 )
Resultado na venda de ativos
    (296 )            
Resultado das operações decontinuadas
          224       12  
Depreciação, exaustão e amortização
    1,253       1,360       1,356  
Imposto de renda e contribuição social diferidos
    247       (865 )     76  
Despesas financeiras e variações monetárias e cambiais líquidas
    (4,007 )     (188 )     (334 )
Baixana alienação de bens do imobilizado
    141       194       94  
Perdas líquidas não realizadas com derivativos
    (1,678 )     401       399  
Dividendos/juros sobre capital próprio recebidos
    21             70  
Outros
    (145 )     244       (57 )
Contas a receber
    1,244       (1,482 )     (2,561 )
Estoques
    1,231       (436 )     (361 )
Tributos a Recuperar
    2,577       (10 )     (102 )
Outros
    (402 )     567       (122 )
Fornecedores e empreiteiros
    (455 )     146       786  
Salários e encargos sociais
    82       (521 )     237  
Tributos e Contribuições
    (423 )     (158 )     617  
Outros
    669       172       (27 )
Recursos líquidos provenientes das atividades operacionais
    1,475       2,465       6,764  
Fluxos de caixa provenientes das atividades de investimento:
                       
Aplicações financeiras
    1,593       6,503       22  
Empréstimos e adiantamentos
    (592 )     17       28  
Garantias e depósitos
    (59 )     (83 )     (88 )
Adições em investimentos
    (623 )     (50 )     (48 )
Adições ao imobilizado
    (4,166 )     (3,354 )     (4,153 )
Caixa líquido utilizado na aquisição e aporte em subsidiárias
    (660 )           (9,638 )
Recursos provenientes da alienação de bens do imobilizado/investimentos
    603              
Recursos líquidos utilizados nas atividades de investimento
    (3,904 )     3,033       (13,878 )
Fluxos de caixa provenientes das atividades de financiamento:
                       
Empréstimos e financiamentos de curto prazo (captações líquidas)
    (407 )     (31 )     44  
Empréstimos e financiamentos de longo prazo
    803       2,005       1,071  
Pagamentos:
                       
Instituições financeiras
    (184 )     (463 )     (129 )
Juros sobre capital próprio pagos a acionistas
    (2,735 )     (2 )     (2,301 )
Recursos líquidos utilizados nas atividades de financiamento
    (2,523 )     1,509       (1,316 )
Aumento (diminuição) de caixa e equivalentes
    (4,843 )     7,007       (8,430 )
Caixa e equivalentes no início do período
    21,320       13,221       20,267  
Efeito de variações da taxa de câmbio no caixa e equivalentes
    (144 )     39       10  
Caixa e equivalentes no final do período
    16,333       20,267       11,847  
Juros de curto prazo
    (24 )     (8 )     (12 )
Juros de longo prazo
    (654 )     (449 )     (548 )
Imposto de renda e contribuição social pagos
    (283 )     (252 )     (121 )
Adições ao imobilizado com capitalização de juros
    (57 )     (83 )     (102 )
Esse comunicado pode incluir declarações que apresentem expectativas da Vale sobre eventos ou resultados futuros. Todas as declarações quando baseadas em expectativas futuras, e não em fatos históricos, envolvem vários riscos e incertezas. A Vale não pode garantir que tais declarações venham a ser corretas. Tais riscos e incertezas incluem fatores relacionados a: (a) países onde temos operações, principalmente Brasil e Canadá, (b) economia global, (c) mercado de capitais, (d) negócio de minérios e metais e sua dependência à produção industrial global, que é cíclica por natureza, e (e) elevado grau de competição global nos mercados onde a Vale opera. Para obter informações adicionais sobre fatores que possam originar resultados diferentes daqueles estimados pela Vale, favor consultar os relatórios arquivados na Comissão de Valores Mobiliários — CVM, na Autorité des Marchés Financiers (AMF), e na U.S. Securities and Exchange Commission — SEC, inclusive o mais recente Relatório Anual — Form 20F da Vale e os formulários 6K.

 

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Table of Contents

Signatures
Pursuant to the requirements of the Securities Exchange Act of 1934, the registrant has duly caused this report to be signed on its behalf by the undersigned, thereunto duly authorized.
         
  Vale S.A.
(Registrant)
 
 
Date: July 29, 2010  By:   /s/ Roberto Castello Branco    
    Roberto Castello Branco   
    Director of Investor Relations